O Cinema é a pura arte que não se explica, é o culminar da perfeição, é por excelência a magia de poder sentir o impossível!
sexta-feira, novembro 21
Fénix - Parte 7
Edgar e Simone corriam o mais depressa possível para o laboratório. No caminho cruzavam-se com inúmeros colegas que não faziam ideia do que se passava. Ao chegarem ao destino Edgar alertou a colega para uma questão pertinente: - Simone! Praticamente toda a gente neste edifício usa uma fato de protecção. Nenhum deles irá adormecer. Não vamos conseguir adormecer nem evacuar o edifício convenientemente. - Não podemos mandá-los tirar os fatos. Vão ficar infectados! - Respondeu Simone. - Então o que sugeres? - Acrescentou Edgar. Simone colocou a mão sob o queixo e deixou o seu olhar divagar em redor. Enquanto examinava a sala com o maior detalhe possível, Edgar observava-a com a maior das atenções. Até que num instante Simone parou de vaguear e correu para junto de uma das paredes. Assim que se aproximou do alarme de incêndio puxou a alavanca e sorriu esperançosa. - Essa ideia foi estúpida! Agora temos os bombeiros "à perna"! - Simone respondeu ironicamente: - És sempre tão pessimista! Vamos trancar as portas. Ficamos aqui dentro fechados. - Edgar rolou os olhos e respondeu: - Perfeito! Essa ideia é ainda mais estúpida! Vamos juntar a polícia ao barulho! - E que tal parares de arranjar problemas? - Edgar achava toda a ideia relutante, mas ainda assim respondeu: - Vais ter de me recompensar por isto! - Simone sorriu e completou. - Vai pensando nisso... - O alarme de incêndio soava altíssimo e os trabalhadores evacuaram rapidamente as instalações. Edgar correu para fechar as portas e selá-las novamente, enquanto Simone libertava a solução na ventilação. Após ter feito isso voltou para o local onde tinha deixado Mário e Cecília. Encontrou apenas a rapariga, já com o fato vestido, mas nem um sinal de Mário. - Onde está o Mário? - Questionou Simone. Cecília respondeu calmamente: - Ele disse que ia buscar mais garrafas de oxigénio. - Simone começou a entrar em pânico e perguntou: - E a Cecília acreditou nisso? - Porque não haveria? - Respondeu a rapariga confusa. Simone correu novamente para a morgue, o seu instinto não poderia estar correcto. Se assim fosse, tudo o que tinham planeado ia ser uma enorme catástrofe.