domingo, outubro 21

American Horror Story Season 2 Review

Iniciou-se uma nova temporada de terror televisivo, será mesmo assustador?

Quantos de nós vão cinema na incrível esperança de ficar aterrorizados com todos os acontecimentos do grande ecrã?! Quantos de nós abandonam a sala com um sentimento de tempo perdido, dinheiro mal gasto e frustração crescente?! Muitos?! Eu sei. A grande noticia agora é que não é necessário sair do sofá, calçar as botas, abrir o guarda chuva e ir ao cinema, basta uma pequena televisão, o volume bem alto, o ambiente escuro e Ryan Murphy encarrega-se de nos proporcionar o resto...
Na temporada anterior deparamo-nos com um cenário de assombração, em que não conseguimos distinguir (numa fase inicial) os mortos dos vivos. Nesta temporada não conseguimos distinguir a realidade da ficção. E não será isto bem mais assustador?!
Percebemos que estamos numa ala psiquiátrica pouco convencional, percebemos que os Ateus e os loucos são raças a exterminar, percebemos ainda que temos as mesmas personagens com as mesmas idades nos anos 60, o que não percebemos é onde é que isto faz sentido. Para tornar tudo mais irracional, em paralelo temos a história de um casal mórbido e com desejos igualmente perturbadores mas no século XXI. Confusos? É natural!
Esta temporada anuncia o brilhantismo atingido na anterior, mas com um genérico genuinamente mais assustador. Aliás atrevo-me a dizer que foi muito mais perturbante ver este primeiro episódio do que toda a temporada um. E porquê? Simplesmente porque a loucura humana não está sujeita a cepticismo...
Aqui temos a harmoniosa e arrebatadora convivência entre religião e a loucura sem nunca perder de vista os maiores medos humanos, os fantasmas e os monstros...

Preparados para visitar mais uma ala medonha da mente de Murphy? Eu digo: Let's do it!

sábado, outubro 13

Festa do Cinema Francês - L'Art D'Aimer

Amar é uma arte, uma arte que exige compreensão, sacrifício e paciência...

Mais um filme mosaico sobre o sentimento que une de forma inigualável seres humanos e também animais, uma comédia que narra histórias divertidas, leves, e deliciosamente encantadoras. Tem uma realização irrepreensível (para filmes do género) com interpretações magnificas, em suma, a simplicidade desta película torna-a maravilhosa. O cinema Francês tem este dom de tornar o simples único e deslumbrante.
Rara é a comédia que faz rir de forma unânime, mas esta fez uma sala inteira rir em uníssono, como se de uma orquestra se tratasse. Sentiu-se sempre um clima alegre a cada cena que passava e nos momentos de tensão sentiu-se que a sala respirava toda a emoção da tela. Para além do filme adorável que estava a visualizar, tenho de reconhecer que há muito tempo que não ia ao cinema e todos os presentes respeitavam o filme, respeitavam o clima, respeitavam cinema! Admirável aquele público, que encheu aquela minúscula sala e admirou de forma fervorosa cada momento que passava. Foi tão agradável participar nesta festa do cinema Francês que quando o filme terminou foi uma enorme tristeza sair da sala, ou seja, é uma experiência a repetir o mais brevemente possível.

E parabéns ao cinema Francês por ser um dos melhores do mundo.


quarta-feira, outubro 10

Dexter Season 7 Premiere Review

Atenção: Contém Spoilers dos dois primeiros episódios.

O mundo dos fãs parou, o mundo de Dexter abanou e o mundo de Debra desabou com este diálogo:
- Are you... a Serial Killer?
- Yes.

Dexter Morgan está perante o seu pior e maior pesadelo, a irmã sabe o seu segredo, segue-o para todo o lado e o seu passageiro negro começa a ficar sedento de sangue. Este serial killer está a atingir o seu ponto de exaustão, mas como é que ele vai reagir a esta pressão?!
A duas temporadas do fim, os fãs, e os próprios actores, não param de especular o final de Dexter, no segundo episódio temos o suicídio de um assassino, será uma premonição? Será que os realizadores nos querem preparar para o grande final? Ou será que nos querem afastar da grande realidade?
No ponto em que estamos da temporada tudo pode acontecer, Debra pode morrer, Dexter pode ser preso, Debra pode deixar-se envolver com o seu passageiro negro, Laguerta pode descobrir a verdadeira identidade do BHB, Quinn pode revelar aquilo que sabe sobre Dexter (revejam season 5), Louis pode tornar-se uma real ameaça, Harrison pode tornar-se uma presa fácil para os inimigos de Dexter, enfim a verdade é que existem milhares de possibilidades e diversos caminhos a perseguir, também é verdade que neste ponto só podemos especular.
Os finais dos últimos episódios têm sido magníficos deixando sempre um clima de incerteza brutal para os espectadores. Dexter tem a capacidade de nos surpreender e envolver, e quando pensamos que nada mais pode acontecer, eis que nasce um tema no qual nunca ninguém pensou, ou melhor, nunca ninguém supôs que os realizadores iriam ter coragem para concretizar estas ideias.
Em resumo, a série continua audaz sem perder o brilho, uma masterpiece televisiva. 

Are you... ready for the big end?!

To Rome with Love

Depois de seduzir em Barcelona, e encantar em Paris, eis que Allen apaixona em Roma, com este romance deliciosamente doce e subtil. Woody (não o cowboy da nossa infância mas sim o filósofo judeu e cineasta) encanta o espectador com um argumento envolvente e único, conseguindo sempre sobressair a sua cómica e notória participação, proporcionando-nos momentos de humor inteligente, semeado com ironia e sarcasmo.
To Rome with Love conta também com um elenco luxuoso, no qual se destaca Ellen Page, que está divina nesta película. Receio, portanto, que o lugar de musa previamente ocupado por Diane Keaton, e mais tarde Scarlett Johanson e Penelope Cruz, seja novamente renovado pela ex adolescente grávida e "capuchinho vermelho" assassino.
À parte a fotografia, que na cidade italiana de Roma é sempre magnifica, destaca-se a banda-sonora que é um prazer auditivo e visual constante.
Um filme muito Europeu, muito subtil, muito fascinante, muito carismático, em suma muito Woody Allen.