sexta-feira, julho 5

Monstros e Companhia - Universidade (Monsters University)


As origens de Sulley e Mike Wazowski.

Monstros e Companhia fez furor em 2001 com o primeiro filme, numa localidade monstruosa em que a verdadeira ameaça é o mundo dos humanos. Agora treze anos depois voltamos às origens da equipa maravilha e percebemos como tudo começou.
O filme é divertido e espelha temas como a valorização pessoal, a amizade, ou a agressividade da sociedade escolar. Consegue ainda assustar os mais pequenos e fazê-los rir segundos depois, é aconselhável a fanáticos dos desenhos animados e para os mais pequeninos. Um forte destaque para a qualidade da animação que está excelente, fazendo-nos mesmo acreditar que todas as paisagens que vimos são reais.
A curta metragem apresentada antes do filme intitulada The Blue Umbrella é deliciosamente divina, vale pena vê-la. Para já apresento um clip...

terça-feira, julho 2

Star Trek - Into The Darkness

"Live long and prosper." - Spock

Star Trek é a melhor série de ficção cientifica alguma vez criada na televisão internacional, dificilmente será atingida a magnificência que durante anos marcou a diferença na science fiction tal como a conhecemos hoje.  Já dezenas de filmes e séries foram realizadas depois de Star Trek - The Original Series, muitos capitães ocuparem a cadeira de Jim Kirk, e em 2009 surgiu a prequel que surpreendeu até os mais cépticos, com um elenco que foi fiel às personagens originais com performances consideradas excepcionais, efeitos especiais que conseguiram superar as especulações e um argumento forte e coeso. Neste Into The Darkness não somos surpreendidos, nem as nossas expectativas são superadas, o que não é difícil visto tratar-se de uma sequela do primeiro. A ideia para o argumento ser a origem de Khan e o seu primeiro encontro com a tripulação da Enterprise é fascinante mas, falta-lhe coesão e fluidez. Por outro lado, as interpretações são novamente arrebatadoras, com um honroso destaque para Zachary Quinto, que é um Spock impecável, seguido de Chris Pine, Benedict Cumberbatch e Zoe Saldana. Existe uma química gigantesca entre todos os actores, e o filme deve a maior parte do seu sucesso às magnificas performances. A brevidade da aparição de Leonard Nimoy não afecta em nada a sua supremacia em cena, um momento curto mas, poderoso. O restante crédito do filme vai sobretudo para os efeitos especiais e a banda-sonora, ficando o argumento para último lugar, com uma previsibilidade no diálogo e no próprio enredo.
Star Trek é uma lenda no mundo da ficção cientifica sendo sempre muito complicado alcançar as expectativas dos fãs, que são sempre muito exigentes e criteriosos. J.J. Abrams faz uma realização interessante mas muito próxima da sua área de conforto, o que torna tudo um pouco previsível.
Em suma, o filme é interessante para quem nunca viu as séries e filmes anteriores, fantástico para quem gosta de J.J. Abrams, e visível para os fãs de Star Trek. Como admiradora incondicional da série é um filme interessante mas, esquecível, como apreciadora de J.J. Abrams é notável.

"Fascinating is a word I use for the unexpected, in this case I would think interesting would suffice" - Spock TOS



segunda-feira, julho 1

Dexter Season 8 Premiere Review

A descoberta da verdadeira essência é a contagem decrescente para a resolução de tudo...

Dexter Morgan é confrontado com Evelyn Vogel, a mulher que o desenhou e agora regressa para observar (ou talvez usar) a sua criação. Enquanto uns perseguem o nosso Serial Killer outros fogem e escondem-se dele, falamos obviamente de Debra Morgan que se vê confrontada com um lado mais negro de si própria, não conseguindo sobreviver com esta realidade. A personagem tem vindo a crescer ao longo da série tornando-se a chave vital da moralidade e do "bom comportamento", no entanto, tudo foi arruinado em segundos quando Deb decide salvar o irmão e terminar com a vida de LaGuerta, é dessa decisão que a personagem não consegue definir onde a sua capacidade ética e moral funcionou, criando uma série de complexas emoções que ela não consegue decifrar e superar. Contudo, o verdadeiro problema reside em Dexter, o afastamento da irmã criou uma cadeia de comportamentos violentos que poderão vir a tornar-se perigosos e eventualmente desmascarar a personagem, é a asfixia permanente e lenta de perder o controle. De um lado temos um desgosto emocional que leva a ruína e à demência, por outro temos um perigo eminente, descontrolado, que poderá levar à cadeira eléctrica.
Tudo aquilo que vimos ao longo de sete temporadas começou nesta última, a criação do código, o equilíbrio emocional, a admiração doentia, a obsessão pela perfeição e a criação de laços. Tudo começa e acaba num ciclo de frustração.
Começou de forma brilhante, como sempre, e promete ser fabuloso. 
Permanecem as questões: Onde está Hanna McKay? Será que Quinn e/ou Batista vão descobrir? Será que o Harrison vai ser o próximo Serial Killer? Irá Deb denunciar o irmão? To night is the night of what Dexter?

The Quartet

Como a música pode rejuvenescer...

Mais um filme que apresenta um elenco de luxo e que nos ensina como envelhecer com dignidade e sem frustração. Simples, monótono, complexo e próximo do fantástico, com momentos hilariantes e outros mais aborrecidos, o Quarteto narra a história de músicos reformados que se vêem confrontados com o seu envelhecimento e todos os problemas que surgem com isso. As recordações de glória passada, de momentos mais ou menos felizes, de amizades perdidas e reencontradas, de amores que se julgava não valerem nada e que no fim são tudo o que se tem. É uma história sobre o arrependimento e a mágoa de ter sido jovem e arrogante e querer ser velho e feliz. Um filme complicado para os mais jovens mas, perfeito para uma idade mais experiente e madura.
Há que salientar que Maggie Smith está absolutamente divina e perfeita neste filme, como sempre.

Por vezes é na simplicidade que está o verdadeiro sentido da vida.