quinta-feira, maio 31

Les Misérables

O cinema é isto mesmo, sonho, lágrimas, desespero, alegria, tremor, horror, fantasia e sonho, é voar sem ter asas, é correr sem ter de se mexer. A música é a magia de tornar todas estas emoções reais e intensas, é permitir a imaginação fluir neste rio que é a mente humana.


 Depois de ver este trailer deixei de adorar Anne Hathaway, para passar a idolatrá-la. A voz desta mulher é poderosamente inspiradora, vejam o trailer uma vez, fechem os olhos e vejam de novo. Sintam o vibrar desta melodia e comovam-se...

terça-feira, maio 29

One for the Money

Katherine Heigl está no ecrã... Desta vez, morena!

Uma comédia que conta a história de uma mulher a quem os recursos monetários estão a escassear, tal como a muitas mulheres actualmente. E para não quebrar o cliché existe um senhor charmoso no meio do caminho desta sensual senhora.
Katherine Heigl é uma excelente actriz mas, tal como todos os actores, encontrou uma área de conforto e de sucesso garantido. Esta insistência no mesmo género de filmes, sem nunca arriscar algo mais complexo e diferente, faz com que o espectador não sinta grande surpresa ao ver uma película da actriz, isso é "desconfortável" para os fãs e para os críticos. Jason O'Mara não está nada de especial, no entanto, mantém a química necessária com a actriz, tal como qualquer homem que trabalhe com esta mulher...
Julie Anne Robinson realiza um dos meus episódios favoritos "Window Dress to Kill" na série que conquistou o meu coração Pushing Daisies, também está na frente de alguns episódios de Pan Am e Weeds, todavia a fazer longas metragens para o grande ecrã tem-se demonstrado um pouco "verde", e este filme é a prova disso, tal como a adaptação cinematográfica do livro de Nicholas Sparks, The Last Song.
Como em quase todas as comédias românticas o argumento é medíocre, a cair no fraco e os momentos de comédia são previsíveis e sem grandes gargalhadas.

Em suma é um filme para ver na televisão num domingo à tarde.

sexta-feira, maio 25

The Great Gatsby

Lembram-se do clássico da literatura e do cinema?

  

Lembra-se do realizador de Moulin Rouge e Austrália, o Baz Luhrmann?

  

Juntem a tudo isso DiCaprio e Mulligan... 

O resultado parece supremo! Ou não?

Um dos meus filme favoritos regressa ao cinema, será que o remake vai ser uma desilusão como todos os remakes o são? Vamos ter de esperar até ao natal para descobrir, até lá deixem aguçar a vossa ansiedade...

terça-feira, maio 22

Dark Shadows

Not every Shadows are Dark...

O "trio maravilha" regressa aos cinemas todavia, desta vez, conseguiu surpreender-me. Antes de avançar alerto que vou tentar a todo o custo não escrever a palavra "confesso", pois imagino que com a minha intensa recorrência à palavra os meus caríssimos leitores comecem a confundir este espaço, dedicado à sétima arte, com um confessionário pessoal, e não pretendo que isso aconteça. Voltando ao assunto central deste texto, o filme, volto a repetir que, foi uma agradável surpresa, que se tornou  muito mais "saborosa" depois da terrível desilusão que foi "Alice in Wonderland" o que tornou as expectativas estupidamente baixas.
Tim Burton recria a emblemática série "Dark Shadows", que esteve no ar nos anos 60 a 70. Por não visto a série (muito provavelmente porque não era nascida), seria complicado para mim fazer uma ponte entre o original e o remake, por esse motivo centrar-me-ei sobretudo nos altos e baixos que este filme nos apresenta.
Começando pela fotografia, passando pela caracterização e terminando na banda-sonora, podemos dizer que são os pontos mais altos deste filme. Obviamente que as interpretações são também elas esplêndidas, mas isso com Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Michelle Pfeiffer, Christopher Lee e Jonny Lee Miller é garantido. Eva Green conseguiu atingir a essência da personagem sendo dona de uma performance arrebatadora e sensual. Regressando à categoria musical Danny Elfman volta a entrar no ritmo de Tim Burton fazendo um esplêndido trabalho, trabalho esse, que talvez tenha sido o que mais se destacou (no meu ponto de vista) em todo o filme.
Os efeitos especiais têm "Je ne sais quoi", muito diferente do que foram os anteriores filmes do realizador, houve uma grande contenção na utilização dos efeitos, e isso resultou. Note-se que este homem prima pela arte manual, pelo desenho irregular e pouco geométrico que os computadores nos oferecem, é aí que reside a magia e a criatividade desta mente "louca e tresloucada" de meias às riscas!
Aquilo que eu pensava ser mais uma desilusão que este extraordinário homem que iria dar, tornou-se uma incrível, emocionante, hilariante e aterrorizante viagem aos tempos áureos Burton.

Em suma, as aparências iludem, literalmente!

Rust & Bone

E quando vi o trailer até senti arrepios na espinha... Parece ser magnifico! Não vou perder...



Trabalhar na água é um sonho, mas pode tornar-se um pesadelo...

sábado, maio 19

Battle Royalle (Batoru rowaiaru) 2000


E por sugestão de alguém fui ver mais um filme asiático...
No futuro o governo Japonês rapta alunos do 9ºano, coloca-os numa ilha e obriga-os a matarem-se uns aos outros. É neste cenário de massacre e desconfiança que esta narrativa de desenvolve.

Começo por falar da banda-sonora, penso que nunca tinha começado por este ponto nos meus humildes comentários, toda esta mudança estrutural deve-se ao facto deste filme me fazer reconsiderar aquela histérica obsessão por música aterrorizante e electrizante, quando estamos perante um cenário de morte e desconforto emocional. Por mais incrível que possa parecer Strauss combina com decapitar e esfolar, parece inacreditável ridículo até certo ponto, no entanto, não deixa de ser verdade.
O cinema asiático é conhecido pelo o excesso de sangue e carnificina, por esse motivo muitas pessoas sentem-se reticentes em visualizar este tipo de filmes, esta película não é excepção. A grande diferença entre a violência asiática e a americana é que tudo o que acontece em filmes como Battle Royalle tem um sentido, existe um propósito racional ou emocional para o desenrolar de toda a acção, é por isso que tudo isto se torna muito mais estimulante.
Gosto particularmente de como a verdadeira amizade é posta à prova, de tal forma que nos faz reflectir se aqueles amigos com quem partilhamos o nosso quotidiano são aqueles em quem devemos confiar, ou se por outro lado aquelas pessoas das quais não temos as mínimas expectativas, e com quem nem falamos todos os dias são os verdadeiros detentores e merecedores da nossa amizade. A resposta pode parecer óbvia agora mas depois de ver esta longa metragem toda esta ideia pré-concebida pode alterar os seus alicerces. 
Algo que me deixou em estado de puro choque foi ver o medo/pavor superar o amor. Nunca pensei que isso pudesse ser possível, sempre defendi que o amor é a maior força do universo e a única que coloca o planeta em órbita. Talvez o medo também tenha a sua cota parte de presença nesta trajectória...
Existem muitas questões retóricas às quais esperamos "desalmadamente" encontrar uma resposta e uma delas é: Em quem podemos nós confiar?

Vejam o filme e pensem nisto vale muito a pena...

Para concluir em jeito de brincadeira consegui constatar que é mais fácil as mulheres assassinarem-se umas às outras do que os homens, todavia a testosterona não perdoa e quando eles decidem matar, arrasam toda a gente e mais alguém que tenha o azar de convergir ou colidir com o seu caminho.

quarta-feira, maio 16

S9 David Grachat

A paixão pela natação começa quando se está dentro de água e respirar não é uma prioridade... É ouvir o silêncio na água e sentir borboletas no estômago quando se fala em cloro...
Este é daqueles documentários que eu, como nadadora, não posso perder. 
Fellipe Gonçalves irá ganhar uma apreciadora do seu trabalho? Mas David Grachat já ganhou uma admiradora fervorosa da sua força e determinação!


sexta-feira, maio 11

We Need to Talk about Kevin

Um adolescente mentalmente perturbado, e uma mãe de coração apertado...

Em primeiro lugar quero lisonjear a perturbante realização de Lynne Ramsay, digo perturbante porque é extremamente complicado ver mulheres a escrever e a realizar filmes do género, muito menos da forma crua como nos é apresentado na tela.
Desde já reconheço a minha total surpresa em relação ao filme, ouviram-se uns murmúrios, escreveram-se algumas coisas sobre a extraordinária interpretação de Tilda Swinton, mas o que eu ainda não tinha ouvido é que esta narrativa era arrebatadora. Confesso que quando pensei em vê-lo nem sequer li a sinopse, parti à aventura sem sequer saber do que se tratava e, ainda bem que o fiz.
Fascina-me a mente perversa do ser humano, fascina-me alguém poder matar outro ser sem sequer sentir arrependimento ou remorso, muitos podem ter receio, ou até mesmo medo, o sentimento que eu nutro por estas pessoas é fascínio, muito provavelmente por ser a completa antítese deste tipo de humanos... Neste momento acredito que os meus estimados leitores estejam a ter alguma dificuldade em perceber o que quero dizer, mas acredito que com o decorrer deste texto irão com toda a certeza perceber, para já não fiquem alarmados.
Ezra Miller interpreta Kevin, o psicopata que não nutre amor por nada nem por ninguém, é esta falta de amor que dá espaço para o desenvolvimento deste filme. Tilda Swinton é a mãe de Kevin, uma mulher que vive as consequências dos actos do filho, isto pura e simplesmente porque vivemos numa sociedade pouco tolerante, com pessoas que julgam, mas não o sabem fazer. É desta relação entre mãe e filho que nasce esta narrativa, que envolve o espectador a cada minuto que passa. Uma mãe que ama um filho, mas que se revolta por tê-lo feito nascer demasiado cedo, um filho que odeia a mãe porque sente este arrependimento, ou pura e simplesmente porque nasceu assim, é curioso perceber as diferente opiniões que existem acerca desta relação, quando se visualiza o filme parece tudo muito óbvio, todavia, quando se discute este mesmo tema, a opinião começa a variar e o raciocínio perde todo o sentido inicial.
Perceber o porquê dos actos cruéis de pessoas como o Kevin é um completo mistério, isto porque o rapaz não nasceu no seio de uma família disfuncional, não era mal amado, não era ignorado, nem sequer pertencia a uma classe social desfavorecida. que pudesse de algum modo fomentar comportamentos violentos ou homicidas. Então porque é que Kevin assassina pessoas? Por ser extremamente inteligente? Para captar atenção? Ciúme? Nenhuma destas sugestões me parece correcta. Até porque a certa altura do filme a mãe pergunta: "What's the point?" - e o rapaz responde: "There is no point! That's the point..."
Os filme apresenta brilhantes interpretações uma banda-sonora espectacular, e um argumento mudo poderosíssimo!

Resumindo, uma surpreendente história que enerva, envolve e revolta. Uma pérola cinematográfica...

quinta-feira, maio 3

The Exotic Marigold Hotel

Return to India...

Todos os que me conhecem, têm oportunidade de constatar a paixão assolapada que tenho por este país, para os que lêem com especial atenção os meus textos, tenho o prazer de os informar que possuo este grande amor na minha alma. 
A frase que digo mais vezes é: "Não quero morrer sem ir à Índia!". Este filme vem dar-me a esperança que a crise me tem roubado.
O que salta mais à vista neste filme é o elenco de luxo que este consegue incorporar desde Judi Dench, passando por Bill Nighy e Maggie Smith, este é sem dúvida o ingrediente chave de toda a narrativa. Junta-se a isto humor britânico, magnificas paisagens (deste fantástico país que é a Índia) e conseguimos um filme bastante interessante.
Considero que para se perceber esta narrativa é necessário ter uma idade consideravelmente avançada no tempo, visto que as dificuldades e problemas destas personagens se devem essencialmente ao tempo de vida, uns porque estão doentes, outros porque estão fartos de trabalhar, ainda há quem esteja cansado do casamento e e por fim porque todos sofrem de uma doença social praticamente sem cura, a solidão. A história da sociedade está numa altura particularmente propicia a este tipo de produções, não só para emocionar os que sofrem destes problemas mas também, para elucidar mentes mais "distraídas" ou "ocupadas".
No geral, penso que o filme não seja nada de extraordinário, no entanto, também defendo que é bastante profundo e curiosamente cuidadoso no humor negro que pretende transmitir.
Simples e elucidativo são os adjectivos que caracterizam esta viagem pela Índia.