sábado, março 31

The Game of Thrones


Em tempos houve um anel narrado por Tolkien, agora existem tronos narrado por George R. R. Martin...

Não posso deixar de fazer um paralelismo entre Game of Thrones e Lord of the Rings, não porque tenham semelhanças, mas porque o protagonista da série (nesta primeira temporada) também participou na trilogia que foi considerada o fenómeno da última década, ultrapassando Harry Potter e Twilight. Sean Bean aventura-se mais uma vez por territórios de fantasia e mundos imaginários, dando à televisão uma performance memorável e verdadeiramente poderosa.
O realizadores David Benioff e D.B. Weiss foram fortemente criticados, em tempos anteriores à estreia em televisão, aparentemente tanto críticos, academias e claro fãs, sempre pensaram que aqui teríamos mais uma decadente ilustração cinematográfica dos livros. No entanto, ambos os realizadores provaram a todos os anteriores intervenientes que afinal sabem fazer cinema, e sabem fazê-lo com brilhante mestria.
Com tantos elogios escusado será dizer que apreciei com moderado fervor a primeira temporada, digo moderado porque ainda não tive oportunidade de ler os livros, e receio ser particularmente ingénua.
É-nos apresentado no pequeno ecrã um argumento muito denso e espectacularmente bem escrito, acompanhado de efeitos especiais poderoso e uma banda-sonora arrepiante. Receio que os pontos negativos sejam a performance masculina de
Richard Madden e feminina de Sophie Turner, que conseguem passar bastante despercebidas ao lado das maravilhosas interpretações do restante Cast que mereceu uma nomeação da Academia de Ficção Cientifica, Fantasia e Terror (Sean Bean), e venceu um prémio no Screen Actors Guild Award.
De um modo geral a série está muito acima das expectativas, contudo o meu comentário ainda é um pouco contido, avizinha-se a estreia da segunda temporada e receio uma desilusão, mesmo assim o entusiasmo continua presente e a esperança ainda arde com incessante força...

quinta-feira, março 15

Shame

A vergonha torna-se uma forma de vida...

Shame é a história de um homem que vê o sexo como um refugiu para a sua misera existência. O problema nasce quando a sua irmã resolve viver no mesmo apartamento. Aí a sua privacidade morre mas, o seu desejo não... E assim cresce o conflito.
Pessoalmente, não sou grande apreciadora do trabalho de Michael Fassbender, considero-o um actor sobrevalorizado contudo, admito, que neste filme a sua performance está muito acima do esperado e, muito acima do excelente. É sem sombra de duvida o melhor trabalho que já vi do actor. A interpretação desta complexa personagem está impressionante, atrevo-me a dizer surreal, tornando-se ainda mais perfeita quando se funde com a desconcertante mas, hipnotizante figura de Carey Mulligan.
Regressando (e reforçando) à ideia de que Michael Fassbender é um actor sobrevalorizado, prende-se sobretudo no anterior trabalho de Steve McQueen, Hunger, com o actor em questão o que, muito provavelmente, lhe conferiu um maior conforto no próprio trabalho a ser realizado. Este comentário não serve para desvalorizar o trabalho do actor (que é notável) mas sim, para reforçar que, a sua magnifica performance teve uma preparação prévia e louvável.
Os filmes que nos chocam intelectualmente geralmente, costumam ser aqueles que nos marcam, este choca-nos por isso e por ser pouco convencional mas, também, porque acarreta consigo uma carga emocional muito própria quase que mutilante. Para além de todo este magnetismo emotivo ainda nos surpreende ao nível sensorial, com imagens verdadeiramente chocantes e, em determinados momentos, um tanto ou quanto perturbadoras. Com um argumento muito próprio mas, que resulta e, uma banda-sonora que intercalada com sons comuns e alguns silêncios tornam o filme mais "aterrorizante" mas, ao mesmo tempo mais interessante.
Um filme que exige reflexão antes de formular uma opinião... Desconcertante mas, interessante!

domingo, março 11

The Borgias - Season 2



Sente-se que a ansiedade começa a crescer...
Estreia dia 8 de Abril.

Extremely Loud, Incredibly Close

O 11 de Setembro de quem ficou e não de quem partiu...

Nomeado para os Oscares de 2012, não podia ter passado mais despercebido, tanto na cerimónia como nas salas de cinema. Se este não fosse um dos melhores filmes em competição, eu até perceberia toda esta "despreocupação" em torno do mesmo mas, sendo este um forte candidato a melhor filme do ano não percebo o porquê de tal atrocidade.
Narra a história de um menino que perde o pai no World Trade Center naquele fatídico dia 11 de Setembro de 2001. Esta criança embarca numa aventura para descobrir um "tesouro" deixado do pai, jornada esta que encanta o espectador, comovendo cada átomo do seu ser, privando a acção da razão e privilegiando a emoção.
Stephen Daldry tem por hábito deixar-nos boquiabertos quando vemos um dos seus filmes e, este caso não é uma excepção. Toda a narrativa é intensa e escandalosamente poderosa, tão forte que o espectador pode estar duas horas a chorar compulsivamente, sem dar pela passagem do tempo. A este magnifico argumento junta-se uma panóplia de actores perfeita... Sandra Bullock, Tom Hanks, Viola Davis, Max Von Sydow e até o estreante Thomas Horn têm interpretações de se "tirar o chapéu".

Em suma, o 11 de Setembro como nunca ninguém o viu... Ou melhor sentiu!

quinta-feira, março 8

Albert Nobbs

Um homem com um sonho preso num corpo de mulher...

Glenn Close apresenta-nos o papel mais complexo da sua carreira, depois de mostrar que sabe ser vilã, que sabe ser uma mulher sedutora, resolve mostrar-nos que também sabe ser homem. No papel, que talvez tenha sido o da sua vida, sai derrotada nos Oscares mas antes, deixa-nos, com toda a certeza, uma grande personagem na história cinematográfica.
É um filme que prova que, de um argumento medíocre pode sair uma grande performance, muito possivelmente porque a personagem de Close vive essencialmente de silêncios, olhares e monólogos. Por mais incrível que possa parecer, todo este processo silencioso não deixam o espectador cansado mas sim, curioso e algo intrigado.
As actrizes secundárias, Jane McTeer e Mia Wasikowska, são fenomenais no acompanhamento da magnifica performance de Close. A beleza desta actriz fica absolutamente alterada com a simples mas, eficaz caracterização que, apesar de discreta, se torna um factor determinante na credibilidade da sua personagem.
Um filme que tem tudo para ser bom mas que perde muito no argumento e fotografia que chegam a ter momentos verdadeiramente fracos.
Mais um interessante filme de Rodrigo Garcia que já nos provou ser magnifico em televisão, com as espectaculares séries Sete Palmos de Terra e Sopranos, que todos nós vimos com uma especial e tremenda avidez!

quinta-feira, março 1

Os melhores de 2011

Aqui está os filmes que, na minha opinião, fizeram um melhor de 2011:

1- Black Swan
2- The Tree of Life
3- 127 Hours
4- Blue Valentine
5- True Grit
6- Carnage
7- Midnight in Paris
8- The King's Speech
9- The Help
10- Melancolia
11- Dangerous Method
12- Tinker Tailor Soldier Spy
13- 50/50

Treze costuma ser conhecido como o número do azar, neste caso penso que seja mais o número da perfeição!