A vida é uma melódica viagem, composta por cenas, fases e actos, que intercalados compõem a razão da nossa existência...
Cloud Atlas é um filme com um potencial estrondoso, uma história original, a tropeçar no fantástico, combinando acção, romance, ficção cientifica e abordagens metafisicas da existência humana. O que falha redondamente nesta gigantesca produção de efeitos especiais e caracterização é precisamente a forma desconjuntada como é realizada, ou seja, tecnicamente o filme é muito fraco, chegando mesmo a entrar no campo do ridículo. É impressionante como um argumento tão complexo, e até mesmo fascinante se torna tão difícil de se conseguir ver, existe quase que um conflito interior no espectador, como se uma parte estivesse profundamente interessada e a outra metade quisesse adormecer na cadeira. À parte a falha técnica, este filme tem interpretações muito interessantes destacando-se Hugo Weaving, Jim Sturgess e Donna Bae, os actores que quanto a mim ficaram um pouco abaixo das expectativas, foram sem duvida Tom Hanks e Halle Berry.
A história de Cloud Atlas é magnifica, o entrelaçamento das nossas vidas e as dúvidas que se repetem de forma mágica e constante, o puzlee que construímos com as mesmas peças mas de diferentes formas e os caminhos que percorremos onde, sem saber, estão as mesmas pessoas que tanto ambicionamos encontrar.
Em suma, temos uma poderosa temática abordada de uma forma um tanto ou quanto tosca...