Quem é o seu pior inimigo? Pense bem, talvez ele esteja do outro lado do espelho...
Looper é uma narrativa sobre viagens no tempo, telecinética, assassinos, loops, vingança, amor, compaixão e destino. Como é que tantos temas cabem tão perfeitamente num filme de acção? Não sei, mas é fenomenal!
Apesar do previsível final e do desenvolvimento óbvio dos acontecimentos, Looper nunca perde o interesse durante todo o tempo de visualização, o que já de si é um enorme feito cinematográfico.
Não há muito a dizer sobre o filme, é original, tem interpretações de peso como Joseph Gordon-Levitt e Emily Blunt, no entanto, Bruce Willis fica muito atrás das restantes interpretações, chega mesmo a desiludir. Mas esta desilusão é facilmente superada pelas reviravoltas (previsíveis) na narrativa e a realização criativa que nos é apresentada.
O filme é uma aliança quase perfeita de ficção cientifica e acção desmesurada, tem um toque de suspense e um romantismo muito simples e soft, utilizando a comunhão entre o amor e compaixão.
O tema é novo, chega a ser perturbante, e consegue sem qualquer sombra de dúvida superar as expectativas, não consegue ser brilhante, mas é sem dúvida intrigante. A questão entre viver com uma assombração do futuro, ou uma assombração do passado, tem qualquer coisa de sugestivamente empolgante.
Rian Johnson superou-se, e surpreendeu com um blockbuster de excelente qualidade.