O Cinema é a pura arte que não se explica, é o culminar da perfeição, é por excelência a magia de poder sentir o impossível!
terça-feira, novembro 6
Bond, James Bond
O agente secreto britânico que fez as delicias dos fãs durante décadas, meia dúzia de homens deram corpo a esta personagem única do cinema de acção, e muitas foram as mulheres que brilharam no grande ecrã, partilhando a glória de serem as Bond Girls. Mas o que perdeu James Bond para deixar de ser um ícone do cinema britânico, e passar a ser um filme de acção com um nome pomposo?
Quanto a mim, o actor Daniel Craig consegue fazer filmes de acção de excelente qualidade, ultrapassando em grande escala aquilo que estamos habituados a ver no cinema, no entanto, Craig não é Bond! Repito, Craig não é Bond e Bond não é Craig! Bond é Sean Connery, é Roger Moore, é Pierce Brosnan, e venha quem vier, doa a quem doer, Jude Law é o herdeiro legítimo do título de Bond. É britânico, é charmoso, é talentoso, é extraordinariamente sensual, e acima de tudo tem perfil para ser o agente secreto.
Mas, excluindo a minha opinião sobre quem deveria ser o James Bond desta geração, e aferindo tudo aquilo que já se viu, constando factos e recuperando argumentos... São muitos os que concordam que 007 foi reduzido a um cliché de acção, deixando de ser um acontecimento cinematográfico de romance, suspense, acção, e aventura sem precedentes. Outros acham que James Bond deve mudar, ser forte e feio. Mas e onde fica o charme, o requinte, o glamour, a elegância, a originalidade? Deveremos mesmo trocar isso por mais uma saga Bourne interminável? Jason Bourne foi um grande acontecimento cinematográfico, mas teve o seu tempo, e acabou. Contudo Bond não acaba, por isso não precisa de se mutar, precisa de limar aresta, como Brosnan fez. Mais do que isso é destruir uma imagem o que há muito se criou no imaginário dos fãs.
Fui só eu ou alguém reparou que até os temas musicais dos novos filmes não têm a mesma magia que os anteriores? Perdeu-se melodia, ganhou-se bateria, perdeu-se harmonia, ganhou-se agressividade, a única coisa que se mantêm é a sensualidade...
Em suma, a reflexão que proponho é: Será que devemos alterar o conceito de James Bond? É verdade que o mundo é feito de mudança, mas e se a mudança for para pior? Leva-nos à crise... Correcto?
Com isto nem preciso de expressar a minha opinião sobre Skyfall, bem feito, bem realizado, mas não é Bond!