Um homem que tem uma excepcional condução, apaixona-se por uma mulher casada, e então os problemas começam...
Não é novidade para ninguém que Ryan Gosling é um actor magnífico, para além disso temos ainda uma actriz também ela extraordinária, Carey Mulligan, juntos tornam este filme muito mas, mesmo muito mais intenso.
A película não tem quase diálogo nenhum, mas isso não a torna cansativa, por mais incrível que possa parecer. Devido à escassa interacção verbal entre as personagens, principalmente a de Gosling, o trabalho dos actores torna-se portanto muito mais complicado, principalmente devido à complexidade dos papeis que estão a desempenhar. Todavia não temos desilusões nem péssimas interpretações.
A realização do filme está fantástica, com uns planos muito interessantes, que combinados com uma banda-sonora diferente mas, nem por isso mal escolhida, conduzem a um excelente produto cinematográfico.
Confesso que não conheço o trabalho de Nicolas Winding Refn mas, acho que comecei bem.
Antes de ver o filme, li algumas críticas ao mesmo em que diziam que esta película era muito semelhante aos filmes de Tarantino, é verdade que tem alguns traços análogos ao realizador, a violência visual, a música desenquadrada (mas perfeita) e movimentação da câmara são alguns dos pontos mais evidentes desta semelhança.
À parte isso, vale a pena conduzir até ao cinema para ver este filme, mais que não seja pela brilhante interpretação de Gosling com o seu escorpião desenhado nas costas.
Acreditem que quem não gosta de conduzir, pode mudar de ideias depois de uma ida ao cinema. Porque não? Ao menos é um incentivo...