Um vírus implacável ceifa a vida de uma mulher jovem que aparentemente só tinha Jet Lag ou uma grande constipação. Ela viajou para três sítios: Hong Kong, Chicago e Minessouta...
Dois patologistas (meus colegas por sinal xD) estão a fazer a autópsia, e assim que abrem a calote craniana eis que vêem algo que nunca esperaram ver em toda a sua vida…
Um deles diz:
"- Vai chamar alguém.
"
O outro responde:
"- Quem?"
"- Toda a gente!”
Contágio de Steven Soderbergh começa assim… Com a belíssima Gwyneth Paltrow estendida numa mesa de autópsias, Matt Damon em pânico, Jude Law no caminho para a fama, Kate Winslet numa incessante luta contra a protecção da humanidade, Jennifer Ehle num fato de “astronauta” num laboratório de doenças infecto-contagiosas, Marion Cottilard à procura da origem do vírus e Laurence Fishburne numa luta burocrática, que por vezes se torna bastante conveniente…
Um elenco de luxo, um guião estupendo e uma banda-sonora de cortar a respiração, são os pilares para a construção de uma obra prima. Junta-se a isso uma realização extraordinária e temos um filme de ficção cientifica único!
Uma das coisas que me aterrorizou foi pensar que talvez este filme de ficção cientifica não esteja assim tão longe de se tornar um drama ou um filme de terror. Posso dizer que já vi montanhas de filmes de terror e poucos me conseguiram assustar verdadeiramente, este filme (que não é de terror) deixou-me algo pensativa e perturbada. Mas, aparte as considerações pessoais e talvez políticas há que admitir que estamos perante um memorável filme sobre o que irá acontecer à humanidade se continuarmos neste alucinante ritmo que estamos a viver.
Não é possível descrever a sensação que temos quando vemos numerosas magnificas interpretações num mesmo filme, é complicado explicar como é que acontecimentos distintos encaixam como um meticuloso puzzle sem deixar o espectador confuso.
Um excelente filme que recomendo vivamente a ver no cinema só para ficarmos quietos na cadeira sem tocar em absolutamente nada! Posso ainda dizer que o filme é tão entusiasmante que, quando fui ao cinema, assim que alguém espirrava eu só pensava: Não toques na cara! Lava as mãos primeiro!
Steve Soderberth realizou uma mão bem cheia de filmes formidáveis, pensei que já tivesse realizado a sua
master piece... pelo vistos não!