domingo, novembro 27

Dangerous Method


E a próxima crítica do 7ªArte será dedicada ao novo filme de Keira Knightley... Dangerous Method.
Dizem que ela é uma potencial nomeada para o Óscar de melhor actriz, é isso que pretendo aferir na próxima retrospectiva que vou apresentar!
O realizado David Cronenberg vai aliar-se mais uma vez a Viggo Mortensen e ao principiante Michael Fassbender.


Parece ser a combinação explosiva, também já li que sim, mas vamos ver.
Até lá apresento-vos o trailer...

50/50


Humor negro? Humor mórbido? Nem por isso... Eu diria mais humor sobrevivente!

Seth Roger e Joseph Gordon-Levitt são uma combinação improvável contudo, funciona na perfeição.
Levitt interpreta a personagem de um jovem que não fuma, não bebe, faz a reciclagem e tem um tumor no cérebro. Probabilidade de sobreviver? Digamos cinquenta/cinquenta... Roger é um amigo preocupado mas inconsciente que torna a vida de Levitt numa autêntica combinação de endorfinas em vez que uma estúpida combinação de lágrimas!
Quando pensamos em comédia vem-nos imediatamente à cabeça aqueles filmes de tarde de domingo sem substância e com um enredo no mínimo ridículo que, em vez de nos fazer rir à gargalhada, nos faz chorar como uma Maria Madalena! Aqui está uma obra que nos prova que também existe comédia hilariante mas, muito bem realizada.
Um filme que nos faz rever o valor da amizade e, repensar o que faríamos se alguém ao nosso lado, que vive no nosso coração, atravessasse uma realidade destas... Chorávamos? Riamos? É essa a resposta que este filme pretende oferecer!

Jonathan Levine fez um trabalho impecável ao contar a sua experiência de vida de uma forma única, com um sentido de humor hilariante, em que não falta ironia e claro o sarcasmo. Também há momentos de "tragédia" mas sempre bem interceptados com um pouco de graça...

Para não me tornar demasiadamente repetitiva, vou limitar-me a dizer que recomendo este filme, para rir, reflectir e agir... Porque sorrir, ou melhor partir a rir, ao lado de um verdadeiro amigo é a melhor maneira para enfrentar adversidades!

segunda-feira, novembro 7

Dexter Season 6


É sem dúvida um dos melhores serial killers de sempre, é sem margem para discordância o melhor assassino da televisão. Michael C. Hall já arrecadou dezenas de nomeações para melhor actor e ganhou algumas dessas nomeações, numa geração onde se contam pelos dedos de uma mão as performances mais marcantes do cinema e televisão da actualidade Hall é sem sombra de dúvida um dos dedos dessa mão...
Contra todas as expectativas e contra todas as adversidades da doença, este magnifico actor nunca deixou de ter uma interpretação única neste papel que, encarnou de alma e coração, se bem que coração não é a expressão mais correcta para caracterizar Dexter. Nunca tive oportunidade ou inspiração para homenagear este magnifico interprete, que espero que se mantenha por muitos anos no pequeno ou no grande ecrã a emocionar-nos quer seja com um personagem homossexual, que seja com um serial killer.


Abandono o meu discurso acerca do protagonista da minha serie predilecta para falar da nova temporada que chegou, finalmente, após alguns meses de espera...

Depois de salvar uma donzela indefesa e a ajudar a saciar a sua "inocente" sede de vingança, Dexter Morgan regressa à sua vida quotidiana, com um Harrison mais crescido, dois enteados que já não fazem parte do seu dia a dia, uma babysister a tempo inteiro e um tempo livre que só tinha quando era solteiro. Tudo isto poderia ser maravilhoso na vida deste assassino em série se não fosse o enorme dilema com que o mundo (e ele próprio) se depara agora... O fim do mundo! É verdade os argumentistas deixaram de pensar em pequena escala e passaram para um mundo altamente complexo, a religião! A crença em Deus, a vida terrena e sobretudo o confronto entre o lado negro de um crente em Deus e o ser mais obscuro de um não crente, são as temáticas presentes nesta, até agora excelente, temporada. Como devem imaginar os resultados deste novo tema estão a deslumbrar os mais entusiastas da série e a cativar aqueles que se apresentavam como indiferentes.

Como promessas são dívidas aqui fica a minha opinião, num sumário bem explicito sobre o que eu penso desta temporada, que ainda pensei que pudesse ser igual à terceira, ou seja, terrível!

Uma magnifica série que mesmo sendo previsível (o Dexter nunca ser apanhado) não deixa de ser entusiasmante em cada episódio que passa!

sexta-feira, novembro 4

Contagion


Um vírus implacável ceifa a vida de uma mulher jovem que aparentemente só tinha Jet Lag ou uma grande constipação. Ela viajou para três sítios: Hong Kong, Chicago e Minessouta...
Dois patologistas (meus colegas por sinal xD) estão a fazer a autópsia, e assim que abrem a calote craniana eis que vêem algo que nunca esperaram ver em toda a sua vida…
Um deles diz:
"- Vai chamar alguém."
O outro responde:
"
- Quem?"
"
- Toda a gente!”

Contágio de Steven Soderbergh começa assim… Com a belíssima Gwyneth Paltrow estendida numa mesa de autópsias, Matt Damon em pânico, Jude Law no caminho para a fama, Kate Winslet numa incessante luta contra a protecção da humanidade, Jennifer Ehle num fato de “astronauta” num laboratório de doenças infecto-contagiosas, Marion Cottilard à procura da origem do vírus e Laurence Fishburne numa luta burocrática, que por vezes se torna bastante conveniente…

Um elenco de luxo, um guião estupendo e uma banda-sonora de cortar a respiração, são os pilares para a construção de uma obra prima. Junta-se a isso uma realização extraordinária e temos um filme de ficção cientifica único!
Uma das coisas que me aterrorizou foi pensar que talvez este filme de ficção cientifica não esteja assim tão longe de se tornar um drama ou um filme de terror. Posso dizer que já vi montanhas de filmes de terror e poucos me conseguiram assustar verdadeiramente, este filme (que não é de terror) deixou-me algo pensativa e perturbada. Mas, aparte as considerações pessoais e talvez políticas há que admitir que estamos perante um memorável filme sobre o que irá acontecer à humanidade se continuarmos neste alucinante ritmo que estamos a viver.
Não é possível descrever a sensação que temos quando vemos numerosas magnificas interpretações num mesmo filme, é complicado explicar como é que acontecimentos distintos encaixam como um meticuloso puzzle sem deixar o espectador confuso.
Um excelente filme que recomendo vivamente a ver no cinema só para ficarmos quietos na cadeira sem tocar em absolutamente nada! Posso ainda dizer que o filme é tão entusiasmante que, quando fui ao cinema, assim que alguém espirrava eu só pensava: Não toques na cara! Lava as mãos primeiro!

Steve Soderberth
realizou uma mão bem cheia de filmes formidáveis, pensei que já tivesse realizado a sua master piece... pelo vistos não!