sábado, novembro 20

Harry Potter and the Deathly Hallows

ATENÇÃO CONTÉM SPOILERS

E chegou finalmente às salas de cinema a penúltima parte de um dos maiores fenómenos da década, Harry Potter regressa cada vez mais assustador e com uma maturidade muito diferente daquela com que começou.
O filme é iniciado de uma forma extremamente dramática, o que faz com que o espectador fique imediatamente agarrado ao ecrã, confesso que a ideia de David Yates em dividir o filme em duas partes não é puramente lucrativa, Yates sabia que era impossível colocar toda a essência de Harry Potter num único filme (como aconteceu com Senhor dos Aneís a Irmandade do Anel), esta divisão é nada mais nada menos do que uma tentativa, bem conseguida por sinal, de evitar criticas negativas tanto dos especialistas como dos fãs. No entanto, para quem nunca leu o livro torna-se complicado perceber o filme, os espectadores menos dispostos a ler as mais de 300 páginas de Deathly Hallows podem sair algo desiludidos e confusos, não falo por mim como é óbvio mas falo pelas milhares de pessoas que nunca tocaram numa página de Potter!
Mais uma vez confesso o meu erro de falar antes do tempo e considerar Harry Potter um caso perdido depois das tantas desilusões cinematográficas sofridas ao longo do tempo, esta excepcional saga literária tem finalmente um filme à altura!

Em relação à parte gráfica (efeitos especiais) esperava muito melhor, contudo a banda-sonora compensa. Os actores estão cada vez mais maduros e empenhados nos seus papeis principalmente Rupert Grint (Ron) uma gritante promessa do cinema, Bill Nighy o veterano que faltava no excepcional elenco e sem dúvida o divino e ao mesmo tempo maquiavélico Ralph Fiennes acompanhado pela estérica e exurbitante Helena Bonham Carter. Sem dúvida que os melhores actores britânicos estão ou estiveram num filme de Harry Potter.
O argumento e a carga dramática do filme são brilhantes, excepcionalmente bem conseguidas por Steve Kloves.

A morte da Dobby é um momento de pura tristeza, bem como a morte de "Mad Eye", a quem não foi dada muita importância na película. É impossível negar a química entre Ron e Hermione que está extremamente bem conseguida, o mesmo não sucede com a relação de Harry e Ginny!

A primeira parte do livro não tem muita acção "física" mas sim psicológica, no entanto houve uma severa tentativa de agarrar as cenas mais assustadoras e amplia-la no grande ecrã, o que também uma realização de sucesso.No entanto o final é absolutamente previsível, bem como a divisão "dentro e fora" de Hogwarts.

Tiremos mais uma vez o chapéu a Yates pela sua obra! Deveria ter começado a acompanhar a saga desde o principio, mas o melhor guarda-se sempre para o fim!