Johnny Depp está de volta na pele do carismático pirata Jack Sparrow, aliás Captain Jack Sparrow. Nesta viagem não está em questão a vida de uma bela donzela, não estão em causa cofres de homens mortos e a navegação não é feita no "Precious Pearl", mas sim no "Queen Anne's Revenge" comandado pelo temível Blackbeard (Ian MacShane).
Depois de termos encarado a viagem aos Confins do Mundo como a última, depois da confusão que se gerou para perceber como a saga tinha terminado, e de chegar à conclusão que 99,9% da população não tinha visto o final de Elizabeth e Will Turner, entendemos (finalmente) que há mais um rumo a seguir... chegar à fonte da juventude!
O capitão deste filme já não é Gore Verbinski (com muita pena minha) mas sim Rob Marshal, que não se mostrou à altura de continuar a navegar por mares já navegados.
Este último Piratas das Caraíbas revela uma falta de conexão e bom senso inimagináveis a nível do argumento, é verdade existe humor e acção mas não na proporção necessária nem na qualidade ambicionada. Digamos que o título "On Strange Tides", encarado no sentido pejorativo, é perfeito para resumir toda uma crítica sobre este filme.
No que diz respeito ao romance, qualquer gota de química entre Penélope Cruz e Johnny Depp é pura imaginação, e todas as tentativas forçadas dos actores tornam-se estupidamente ruins e dificilmente têm o resultado esperado. Quanto aos actores secundários que vêm substituir Orlando Bloom e Keira Knightley (Sam Claflin e Astrid Berges-Frisbey), têm interpretações pouco activas ou até mesmo produtivas, e de tal forma más que, o romance se transforma num cliché miserável e previsível.
Os efeitos especiais e a banda-sonora, do excepcional cavalheiro Hans Zimmer, são elementos técnicos que estão (como sempre) esplêndidos. O que no meio de tantos bocejos e momentos de pura decepção acaba por não ser tão valorizado como deveria.
A questão que reside no final deste filme é: O que aconteceu à sereia Syrena e ao missionário Philip?! Bem... na verdade não sei mas, o que atormenta mais o meu ser não é isso! O que perturba a minha mente depois de ver a desilusão que foi navegar até à fonte da juventude é isto: Será que vai haver o Piratas da Caraibas Cinco?! Espero bem que não para desanimar já bastou este.... mas sim parece que há alguém quer continuar a lucrar com a saga!
Resumindo, os fãs da saga vão ficar decepcionados e intrigados, os fãs de Johnny Depp ou Geoffrey Rush vão ficar mais uma vez impressionados. No entanto os indiferentes ou os que não viram os filmes anteriores vão dizer: "Foi engraçado!" Todavia não se deixem enganar caros amigos e leitores pois o que está para trás é muito mais emocionante do que aquilo que acabaram de ver.
Ps- Caro espectador por favor não se esqueça de ver os créditos finais até ao fim como aconteceu em Piratas das Caraíbas Nos Confins do Mundo há um final à sua espera!
O Cinema é a pura arte que não se explica, é o culminar da perfeição, é por excelência a magia de poder sentir o impossível!
domingo, maio 22
segunda-feira, maio 16
Pina Bausch
Pura arte de emocionar sem sequer dizer uma única sílaba! Apaixonante, deslumbrante, extraordinário, magnifico e claro maravilhoso!
domingo, maio 1
Mean Creek (2004)
Fui ao baú dos filmes que me ofereceram e que nunca tive oportunidade de ver (ou nunca quis) e descobri entre Scary Movies e Espartanos do pior uma pérola cinematográfica realizada por Jacob Aaron Estes, Mean Creek. Isto prova que por vezes somos donos de verdadeiras relíquias e nem damos por isso, talvez pela nossa genuína ignorância...
Este filme narra a história de um rapaz, Sam, que é vítima de bulling por parte de um colega obeso (George) e com sérios problemas de integração social. É neste momento que Sam recorre à ajuda da sua colega, Millie, do irmão mais velho, Rocky, e seus amigos, Marty e Clyde. Planearam meticulosamente uma pequena vingança perfeita contudo, de um momento para o outro tudo muda...
Os actores deste elenco apesar de jovens são todos extraordinários, todos eles conseguem interpretar as personagens dramáticas sem excessivo melodrama. Penso que isto se deve às orientações por parte da realização que está extremamente bem conseguida, tanto a este nível de direcção de actores como no parâmetro técnico.
Para além de realizar Jacob Aaron Estes ainda é responsável pelo magnífico argumento que o filme apresenta. Depois de nos contemplarmos com esta surpreendente construção de texto ainda somos maravilhados com uma espectacular fotografia, banda-sonora e momentos de silêncio absolutamente arrepiantes.
Os temas abordados ao longo deste filme são todos eles complexos todavia, são aqui espelhados de forma peculiar e inteligente, que revela uma profunda reflexão por parte do realizador sobre os assuntos em questão. O bulling e as suas temíveis consequências é o objecto central, sobre o qual vão girar problemas morais e éticos expostos de forma brutal ao espectador. Estas cinco crianças vêem-se numa situação irreversível que pode alterar o curso das suas vidas para sempre. Para resolver tudo isto só têm de tomar uma decisão, com as seguintes opções: assumirem responsabilidades; não assumirem fazendo-se de inocentes; ignorar o acontecimento esperando que caia no esquecimento.
Toda esta dúvida enigmática vêm ainda acompanhada de problemas emocionais... Marty é um jovem problemático que assistiu ao suicídio do seu pai bêbado, Clyde é um jovem doce e carinhoso cujos pais são um casal de homens homossexuais, razão pela qual é constantemente ofendido verbalmente, e Sam é agredido permanentemente na escola.
Toda esta "série de acontecimentos desastrosos" leva-nos a ponderar o que faríamos naquela situação? Agiríamos de forma moralmente correcta? Ou pelo contrário seriamos egoístas ignorando a moral e a ética?
Este filme narra a história de um rapaz, Sam, que é vítima de bulling por parte de um colega obeso (George) e com sérios problemas de integração social. É neste momento que Sam recorre à ajuda da sua colega, Millie, do irmão mais velho, Rocky, e seus amigos, Marty e Clyde. Planearam meticulosamente uma pequena vingança perfeita contudo, de um momento para o outro tudo muda...
Os actores deste elenco apesar de jovens são todos extraordinários, todos eles conseguem interpretar as personagens dramáticas sem excessivo melodrama. Penso que isto se deve às orientações por parte da realização que está extremamente bem conseguida, tanto a este nível de direcção de actores como no parâmetro técnico.
Para além de realizar Jacob Aaron Estes ainda é responsável pelo magnífico argumento que o filme apresenta. Depois de nos contemplarmos com esta surpreendente construção de texto ainda somos maravilhados com uma espectacular fotografia, banda-sonora e momentos de silêncio absolutamente arrepiantes.
Os temas abordados ao longo deste filme são todos eles complexos todavia, são aqui espelhados de forma peculiar e inteligente, que revela uma profunda reflexão por parte do realizador sobre os assuntos em questão. O bulling e as suas temíveis consequências é o objecto central, sobre o qual vão girar problemas morais e éticos expostos de forma brutal ao espectador. Estas cinco crianças vêem-se numa situação irreversível que pode alterar o curso das suas vidas para sempre. Para resolver tudo isto só têm de tomar uma decisão, com as seguintes opções: assumirem responsabilidades; não assumirem fazendo-se de inocentes; ignorar o acontecimento esperando que caia no esquecimento.
Toda esta dúvida enigmática vêm ainda acompanhada de problemas emocionais... Marty é um jovem problemático que assistiu ao suicídio do seu pai bêbado, Clyde é um jovem doce e carinhoso cujos pais são um casal de homens homossexuais, razão pela qual é constantemente ofendido verbalmente, e Sam é agredido permanentemente na escola.
Toda esta "série de acontecimentos desastrosos" leva-nos a ponderar o que faríamos naquela situação? Agiríamos de forma moralmente correcta? Ou pelo contrário seriamos egoístas ignorando a moral e a ética?
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