
Quantos de nós vão cinema na incrível esperança de ficar aterrorizados com todos os acontecimentos do grande ecrã?! Quantos de nós abandonam a sala com um sentimento de tempo perdido, dinheiro mal gasto e frustração crescente?! Muitos?! Eu sei. A grande noticia agora é que não é necessário sair do sofá, calçar as botas, abrir o guarda chuva e ir ao cinema, basta uma pequena televisão, o volume bem alto, o ambiente escuro e Ryan Murphy encarrega-se de nos proporcionar o resto...
Na temporada anterior deparamo-nos com um cenário de assombração, em que não conseguimos distinguir (numa fase inicial) os mortos dos vivos. Nesta temporada não conseguimos distinguir a realidade da ficção. E não será isto bem mais assustador?!
Percebemos que estamos numa ala psiquiátrica pouco convencional, percebemos que os Ateus e os loucos são raças a exterminar, percebemos ainda que temos as mesmas personagens com as mesmas idades nos anos 60, o que não percebemos é onde é que isto faz sentido. Para tornar tudo mais irracional, em paralelo temos a história de um casal mórbido e com desejos igualmente perturbadores mas no século XXI. Confusos? É natural!
Esta temporada anuncia o brilhantismo atingido na anterior, mas com um genérico genuinamente mais assustador. Aliás atrevo-me a dizer que foi muito mais perturbante ver este primeiro episódio do que toda a temporada um. E porquê? Simplesmente porque a loucura humana não está sujeita a cepticismo...
Aqui temos a harmoniosa e arrebatadora convivência entre religião e a loucura sem nunca perder de vista os maiores medos humanos, os fantasmas e os monstros...
Preparados para visitar mais uma ala medonha da mente de Murphy? Eu digo: Let's do it!